Há notícias sem novidades, sob certo ponto de vista!
Uma das mais recentes, do ponto de vista dos números que estão sendo divulgados no estudo realizado pelo IBOPE para o Instituto Pró-Livro (http://www.prolivro.org.br/ipl/publier4.0/) - Retratos da Leitura no Brasil (http://www.abrelivros.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=4843:cerca-de-75-dos-brasileiros-jamais-pisaram-em-uma-biblioteca-diz-estudo&catid=1:noticias&Itemid=2) e apresentados no dia 28/03/2012 em solenidade pública, não representa novidade! Ainda há municípios sem bibliotecas, distritos sem bibliotecas, bairros sem bibliotecas, escolas sem bibliotecas, professores não leitores, famílias sem livros, estudantes sem livros ...
Mas também, por trás de tudo isso, há uma elite política que em vez de fomentar programas de leitura reforça uma indústria editorial elitista, preocupada com sua lucratividade econômica e financeira acima de tudo. Dentre as várias reflexões que devem ser feitas por toda a sociedade e por algumas categorias profissionais como a de bibliotecários uma tem caráter básico pois poderia associar a formação de um entendimento da relação que existe entre o teor da Lei do Livro, que pode ser chamada Lei pró-Editoras e as entidades que criaram esse Instituto Pró-Livro: o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (http://www.snel.org.br/ui/default.aspx); a Câmara Brasileira do Livro (http://www.cbl.org.br/) e a Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares ("http://www.abrelivros.org.br).
A Lei No 10.753, de 30 de outubro de 2003 (http://www.abrelivros.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=35:lei-no-10753-de-30-de-outubro-de-2003&catid=20:legislacao&Itemid=31), que surgiu do interesse dessas entidades, é um instrumento legal voltado à venda de livros. Assim, as ações do Instituto Pró-Livro, consolidadas em estudos como esse recém-divulgado fazem todo o sentido, isto é, visam a forçar o governo a comprar livros, antes de estimulá-lo a legislar, financiar e desenvolver uma significativa política de bibliotecas públicas e escolares, sustentada em diploma legal, contemplando instalações, pessoal, acervo, equipamentos móveis, estudos sistemáticos de impacto e progresso cultural...
Vale a pena se conhecer outros estudos que, produzidos pela academia como parte de sua contribuição indispensável para o povo brasileiro, se distinguem desses retratos da leitura de interesse dos editores de livros e dos seus negócios comerciais.
Um desses estudos, defendido como dissertação de Mestrado em Ciência da Informação no PGCIN/UFSC em 2011 foi:
Silva, Ana Claudia Perpétuo de Oliveira da. É preciso estar atento: a ética no pensamento expresso dos líderes de bibliotecas comunitárias. (http://pgcin.paginas.ufsc.br/files/2010/10/SILVA-Ana-Claudia-P-de-O.pdf). Nele, se pode perceber como os líderes de bibliotecas comunitárias vêem o significado social e moral de seus esforços.
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